Dedicado a todos os que definitivamente fecharam os olhos, mas que conseguiram nem que fosse num relance estar de olhos bem abertos. O que não é fácil.
O culto do Morto/Notícia e do Morto-Que-Continua-A-Vender, às vezes ainda mais do que quando vivo, é uma técnica inexorável de marketing, compensatória, por assim dizer, do morto-estat´stica, ou nem isso. O Morto Desconhecido, em caso de guerra, desde a Primeira em que 50 000 nunca foram recuperados da lama das trincheiras, passou a ter estátua e comemoração. E vulgarizou a promiscuidade entre vivos e mortos, como uma mola real da economia do consumo e gasta-gasta, que até já está em recuperação! Aleluia!
Portanto vai tudo poder continuar a falar dos mortos conhecidos, a discutir o ambiente, a salvar o planeta e a andar de carro e avião, a ver TV, a fazer pela vida. Sob o signo dos direitos humanos, cada vez mais extensíveis aos que o foram, mas também a empresas/marcas (como a Intel que argumentou estar a ser vítima de discriminação...), animais, e tudo o mais que as imaginações generalistas abarcam e os meios de comunicação apoiam e amplificam.
Quanto aos Eyes Wide Shut e As Nove Portas, filmes de 1999, está quase tudo sugerido. Apenas de notar que no Polanski/Reverte, as imagens do livro em causa estão repassadas de imagens dos arcanos maiores do Tarot, e a Torre do Diabo se situa em França, a sudoeste de Carcassonne e é o chateau Puivert.
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